O Brasil precisa de mais engenheiros para inovar
O Brasil forma por ano cerca de 40 mil engenheiros, segundo dados da Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), porém, o déficit chega a 20 mil. Esse cenário é o avesso do que acontece em países como a China, onde, anualmente, são graduados 650 mil novos engenheiros. Enquanto isso, na Índia, são 220 mil e na Rússia, 190 mil, todos mercados em ascensão. Rafael Lucchesi, diretor-geral do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem) e diretor de educação e tecnologia da CNI (Confederação Nacional da Indústria), afirma que a média de engenheiros de um país tem um papel importante para a taxa de inovação e defende um olhar mais empreendedor na formação desses profissionais.
Segundo ele, é preciso repensar o modelo educacional, que ainda carrega uma formação academicista e aproximar os alunos do chão de fábrica das empresas. “Precisamos contaminar as escolas com atitudes empreendedoras voltadas para o mundo do trabalho e ter uma universidade que se liberte um pouco da torre de marfim”, afirma.